Preservação e Conservação Ambiental

Desde a década de 70, a questão ambiental adquiriu maior importância no contexto mundial, isso ocorreu devido a um maior interesse da sociedade em modificar sua postura perante à gestão dos recursos naturais, enfatizando a conscientização e um possível esgotamento destes no futuro. Conscientes do potencial de degradação da indústria desde a sua instalação até os tempos atuais, muitos empreendedores adotaram boas práticas com relação à preservação e conservação ambiental, destinação correta dos resíduos gerados e a recuperação de áreas degradadas.
De acordo com Bitar e Braga (1995), recuperar uma área significa dizer que o local alterado é trabalhado de modo que as condições ambientais acabem se situando próximas às condições anteriores à intervenção; ou seja, trata-se de devolver ao local o equilíbrio e a estabilidade dos processos atuantes.
É foco do Departamento de Meio Ambiente da F. Souto o restabelecimento da cortina de mangue no entorno das salinas, o que trará benefícios não somente para a empresa, ou para a natureza, mas também para as comunidades locais, devolvendo a eles em parte ou integralmente o ambiente destruído pela produção salineira, quando sabemos hoje que é possível produzir, mitigando todos os impactos gerados pela atividade, com boa vontade e poucos recursos.
Para dar respaldo a essas ações, a empresa mantém viveiros nas salinas, abastacido e produzindo mudas das espécies Laguncularia racemosa (mangue branco), Avicennia germinans (mangue preto) e Rhyzophora mangle (mangue vermelho), todas germinadas ou em processo de crescimento, aguardando a altura mínima de 50 cm para transplantio nas áreas de recuperação de mangue de responsabilidade da empresa.
A recuperação do mangue também trará de volta para estas áreas os peixes e demais crustáceos encontrados outrora em abundância, que hoje já não existem mais, prejuízo ambiental e social que acarretou na defasagem da pesca artesanal local no decorrer dos anos. A presença dessas plantas fará outras espécies retornarem também para se reproduzirem, restabelecendo o cenário natural e harmônico do passado.
Existem ainda o Programa de Monitoramento de Áreas e o Projeto Margem Viva, que recupera áreas de mata ciliar ao longo do Rio Apodi-Mossoró.